Terça, 16 de fevereiro de 2021
Saber o que é H1N1 é importante para diferenciar essa doença de uma gripe comum, pois ela pode ter sintomas graves, demandando tratamento hospitalar. Conhecida também como influenza A, é causada pelo vírus H1N1 (subtipo do influenzavírus tipo A). Continue lendo para saber mais sobre a doença que esteve em foco na discussão mundial há alguns anos e que atualmente possui vacina.
O vírus H1N1, causador da gripe H1N1, se originou a partir da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe suína (motivo pelo qual também é nomeada dessa forma) e da gripe aviária. A incubação do vírus se dá em um período de três a cinco dias e a transmissão pode acontecer antes dos sintomas se manifestarem.
O contágio pode ocorrer pelo contato direto com animais infectados, com objetos contaminados ou de pessoa para pessoa. No último caso, a transmissão é feita por partículas de saliva, via aérea ou secreções das vias respiratórias. É interessante ressaltar que, hoje em dia, os pesquisadores concluíram que o vírus H1N1 não é tão agressivo quanto se acreditava.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o CDC (Center for Diseases Control), o consumo de carne de porco não é um vetor de transmissão, uma vez que o cozimento da mesma em temperatura elevada elimina o vírus.
Em linhas gerais, os sintomas da gripe H1N1 são bem semelhantes aos sintomas de gripes causadas por outros vírus. Contudo, quando se mostram acentuados, demandam atendimento médico. Confira, a seguir, uma lista dos principais sintomas:
Os sintomas do H1N1 podem se manifestar por mais de 7 dias.
Essa é uma doença que tem cura, o tratamento geralmente é feito com o uso do medicamento Tamiflu. É indicado que o paciente diagnosticado com H1N1 permaneça em repouso, beba bastante água e fique isolado para evitar transmitir o vírus para outras pessoas. Também se deve evitar a automedicação, pois remédios não indicados por médicos podem tornar as cepas mais resistentes aos medicamentos.
A forma mais efetiva de se prevenir do H1N1 é tomar a vacina desenvolvida para esse vírus, que tem como base o vírus inativo e fracionado. Pode ter efeitos colaterais, no entanto, são ínfimos quando comparados com o benefício de se estar protegido de uma doença que pode ter complicações graves. Há duas vacinas contra H1N1, a trivalente e a tetravalente.
A vacina trivalente do H1N1 imuniza contra o influenzavírus tipo A e contra uma cepa do influenza vírus tipo B. Por sua vez, a vacina tetravalente (ou quadrivalente) oferece imunidade contra os dois vírus já mencionados e, também, contra uma segunda cepa do influenza tipo B, pouco comum no Brasil. A vacina tetravalente só deve ser aplicada a partir dos três anos de idade.
Ambas as vacinas são eficazes, contudo, levam um período de duas a três semanas para surtirem efeito. Apesar de não oferecerem 100% de proteção, elas se aproximam bastante dessa margem.
Fazem parte do grupo prioritário para receber essa vacina: pessoas com doenças crônicas (como diabetes, asma, cardiopatias, bronquite e insuficiência renal) imunossuprimidos, transplantados, população indígena, crianças entre seis meses e cinco anos, profissionais de saúde e população carcerária.
Pessoas que têm alergia a ovo não devem tomar a vacina contra H1N1, uma vez que ela pode conter ovoalbumina. Essa proteína é a responsável por provocar reações alérgicas. Durante uma fase do processo de produção de vacina, os vírus crescem em ovos de galinha.
Confira, a seguir, um compilado das principais diferenças entre o H1N1 e o novo coronavírus.
O vírus causador da H1N1 é da família Orthomyxoviridae (grupo Influenza), responsável pela gripe convencional. O novo coronavírus pertence à família Coronaviridae.
Em 2009, foram registrados os primeiros casos de H1N1 no México, a doença atingiu 110 países. O registro do primeiro caso de coronavírus se deu na cidade chinesa de Wuhan, no final de 2019. Apenas quatro meses depois, 167 países já tinham sido afetados.
O vírus H1N1 causa a doença conhecida como Gripe A ou Gripe Suína. Já o SARS-Cov-2 é o causador da doença conhecida como Covid-19.
O H1N1 possui uma taxa de mortalidade de 0,026% enquanto o novo coronavírus apresenta taxa de mortalidade de 3,2%.
Cerca de 80% das pessoas vitimadas pelo H1N1 tinham menos de 65 anos de idade. O novo coronavírus tem maior incidência fatal em pessoas com mais de 80 anos de idade e/ou que possuem alguma doença crônica.
Embora a Gripe A seja altamente contagiosa, possui um remédio para o seu tratamento, o Tamiflu. Não existe medicamento para o tratamento do novo coronavírus.
H1N1 também deve ser uma preocupação da população, por isso, tomar a vacina é imprescindível!
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