Terça, 10 de agosto de 2021
As formas como a linguagem é utilizada conforme a intenção daquele que fala recebe o nome de funções de linguagem. Elas estão classificadas em seis tipos: função poética, função referencial, função metalinguística, função emotiva, função conativa e função fática.
Cada categoria tem um papel associado com os elementos participantes da comunicação: emissor, receptor, canal, código e contexto. Dessa forma, essas funções determinam o objetivo dos atos comunicativos. Mesmo que uma função predomine, diversos tipos de linguagem podem estar contidos em um único texto.
Continue lendo para entender melhor sobre o assunto.
Um dos principais teóricos que estudou as funções da linguagem na comunicação foi o linguista russo Roman Jakobson. Embora o desenvolvimento das teorias seja relevante para os estudos, não são determinantes para a compreensão dos atos comunicativos ou uso da linguagem.
O ser humano se comunica, desde o momento em acorda até o momento em que se deita para dormir, seja pela linguagem verbal (falada, escrita) ou pela linguagem não verbal. Em cada interação, consciente ou intuitivamente, nos submetemos a um esquema mínimo que possibilita elaborar e compreender mensagens.
Funções de linguagem têm relação com os estudos da linguagem e comunicação. São consideradas seis funções, sendo que cada uma está relacionada a um elemento diferente da comunicação. A partir do entendimento dessas manifestações, é possível interpretar textos com mais eficiência e, também, ter uma oralidade e produção textual mais efetivas. Veja quais são as principais funções de linguagem.
Conhecida também como função informativa, a função referencial objetiva informar a respeito de algo. Função direcionada para o contexto comunicativo, é um tipo de texto produzido em terceira pessoa (pode estar no plural ou singular) com ênfase no caráter impessoal.
Dentre os principais exemplos de linguagem referencial estão os materiais didáticos, textos científicos e jornalísticos. Esses textos utilizam linguagem denotativa para informar sobre algo, sem considerar aspectos subjetivos ou emotivos. Sendo assim, têm como função principal informar.
O emissor tem como seu principal objetivo nessa função transmitir as suas emoções, subjetividades e sentimentos. Para isso, utiliza a sua própria opinião. É um tipo de texto redigido em primeira pessoa e que está direcionado para o emissor já que tem caráter pessoal.
Dentre os exemplos em que a função emotiva é utilizada podemos citar cartas, diários e poesias. Esses textos são marcados pelo emprego de sinais de pontuação, como ponto de exclamação e reticências, por exemplo. E-mails enviados para amigos e familiares também podem ser incluídos nessa categoria de função de linguagem.
Essa função é comum nas obras literárias e tem como principal marca o uso do sentido conotativo de palavras. O emissor tem como principal preocupação a forma como a mensagem será transmitida. Para isso, escolhe muito bem as palavras, expressões e figuras de linguagem que utilizará. A mensagem é o principal elemento comunicativo.
Trata-se de um tipo de função que não faz parte apenas dos textos literários, pode ser encontrada também em textos publicitários ou em expressões usadas no dia a dia. É bastante comum usarmos em nossa oralidade anedotas, provérbios, trechos de músicas, trocadilhos, entre outros. Quando contamos uma história para uma criança, estamos usando essa função de linguagem.
Na função fática, o objetivo central é estabelecer ou interromper a comunicação, de forma que o mais relevante é a relação entre emissor e receptor da mensagem. O foco está no canal de comunicação utilizado.
Função usada especialmente em diálogos, como em expressões de saudação, cumprimento, discursos ao telefone, entre outros. Ao ligar para o consultório do seu médico para marcar uma consulta, você está usando a função fática.
Conhecida também como função apelativa, a função conativa se caracteriza pelo uso de linguagem persuasiva. O objetivo central é convencer o leitor, o foco está no receptor da mensagem. Função bastante usada em publicidades, propagandas e discursos políticos para influenciar o receptor da mensagem.
O texto apelativo se apresenta na segunda ou terceira pessoa, tendo a presença de verbos no imperativo e uso do vocativo. Você já deve ter passado em frente a lojas em que estava escrito “entre, você não vai se arrepender”, esse é um exemplo do cotidiano de uso dessa linguagem.
Como o próprio nome indica, essa função se caracteriza pelo uso de metalinguagem, isto é, linguagem que se refere a si mesma. Nesse caso, o emissor explica um código através do uso do próprio código.
Dentre os exemplos estão um texto que fale a respeito da linguagem textual ou, então, um documentário cinematográfico a respeito da linguagem do cinema. Destacam-se nessa categoria de textos metalinguísticos os dicionários e as gramáticas.
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