Doenças Pandêmicas - O que devemos saber sobre elas

Quarta, 5 de agosto de 2020

 Doenças Pandêmicas - O que devemos saber sobre elas

O COVID-19 trouxe uma nova preocupação para a população: as doenças pandêmicas. O que devemos saber sobre elas para que possamos nos proteger e, além disso, não acabar divulgando informações erradas?

Primeiro, é preciso entender o que é uma pandemia, quais casos já aconteceram no mundo e quais atitudes são necessárias para garantir o máximo de proteção possível. Vamos explicar tudo neste artigo!

O que são doenças pandêmicas

Cada doença infecciosa tem uma maneira específica de contaminar e de ser tratada. Algumas conseguem se espalhar por diferentes regiões, países e nações com muita rapidez e alto nível de contágio. Quando chegam a mais de três continentes de maneira simultânea são consideradas uma pandemia.

Junto com a nomenclatura vem a preocupação. Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma pandemia reflete níveis alarmantes de propagação, gravidade, inércia e um alto número de casos, mortes e países afetados.

Pandemias antigas

As doenças pandêmicas não são de agora. Desde antes de Cristo já foram registrados diversos surtos pelo mundo.Vamos citar alguns deles abaixo.

 

  • A Peste Justiniano (541-542) matou cerca de 25 milhões de pessoas em cidades portuárias do Mediterrâneo. Metade da população de Constantinopla (atual Istambul, capital da Turquia) foi atingida de maneira letal. 

 

  • Uma das pandemias mais conhecidas de épocas antigas foi a Peste Negra (1346-1453), que atingiu os continentes europeu, asiático e africano. Só na europa, uma a cada três pessoas foi vítima fatal da doença. 

 

  • Um pouco mais recente, entre 1852 e 1860, o mundo foi atingido pela cólera, uma das pandemias mais letais que se tem registro. A doença teve origem na Índia e foi descoberta pelo cientista John Snow. Na época, acreditava-se que a propagação da doença estava no ar, mas Snow descobriu que a real transmissão ocorre pela água contaminada. 

 

Pandemias recentes

  • No final da Primeira Guerra Mundial, um terço da população mundial foi infectada com uma gripe altamente mortal, conhecida como Gripe Espanhola (1918-1920). Ela passou por três fases: a primeira provocando poucas mortes, apesar de um alto contágio; a segunda se alastrando por diversos países e provocando um alto número de mortes; a terceira, embora mais letal que a primeira, com um número de mortos relativamente mais baixo. 

 

  • Outra pandemia moderna foi o vírus do HIV, inicialmente encontrado na África Central na década de 1970. Não demorou para que se espalhasse pelos continentes. Em 2003, a OMS declarou a Aids uma pandemia, atingindo um pico de infecções entre 2012 e 2015. Desde que foi descoberto, 75 milhões de pessoas foram infectadas com o vírus HIV e cerca de 32 milhões morreram de complicações com a doença.

 

  • A última pandemia antes do coronavírus foi a H1N1, popularmente conhecida como Gripe Suína. Teve os primeiros casos registrados no México em meados de 2009.

 

COVID-19

Finalmente, chegamos ao novo coronavírus. Identificado em 2019 na China, o COVID-19 rapidamente se espalhou pelo mundo causando milhões de mortes. Para evitar grandes picos de infecção e a lotação das UTIs, autoridades do mundo todo decretaram quarentena, incentivando o isolamento social, prática eficaz na prevenção da doença. 

Como se proteger 

No caso do novo coronavírus, a melhor forma de prevenção é a intensificação dos hábitos de higiene: lavar as mãos com água e sabão, ou usar álcool em gel caso não seja possível lavar. Sempre sair de máscara, evitar tocar o rosto, manter o distanciamento social e evitar aglomerações.

O que fazer se eu suspeitar que estou doente?

Os principais sintomas são febre, tosse e dificuldade de respirar. Alguns pacientes relatam também sentir dor de garganta, congestão nasal e diarréia. A orientação é procurar um serviço médico apenas se tiver falta de ar. Quem tiver os outros sintomas pode ligar para o 136 em busca de uma orientação. 

Quando vai acabar?

Acredita-se que só estaremos seguros da doença quando os cientistas encontrarem um tratamento eficaz ou uma vacina contra o COVID-19. Enquanto isso, é preciso seguir o protocolo de prevenção e evitar o contato social. 

Se você está com qualquer sintoma compatível com a doença, o mais importante é não sair de casa e evitar contato com outras pessoas, principalmente aquelas que estão no grupo de risco: idosos, pessoas com doenças pré-existentes, como hipertensão, diabetes ou doenças obstrutivas crônicas. 

Onde posso obter informações confiáveis 

Um site seguro para obter informações globais é o da Organização Mundial da Saúde, www.who.int (em inglês) e www.paho.org/bra/covid19 (em português).  Você também pode acessar o site do Ministério da Saúde na sessão dedicada ao tema, o www.saude.gov.br/saude-de-a-z/coronavirus.

Cuidado com fake news! Estão rolando muitas informações mentirosas pelo WhatsApp e redes sociais em geral. Sempre consulte a informação antes de passar para frente.

Agora você já sabe um pouco mais sobre doenças pandêmicas. Que tal compartilhar esse artigo e dividir o conhecimento com seus amigos? E lembre-se de se manter seguro nesta época de pandemia e isolamento social.